sábado, 23 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu sou diferente...

Não sou como o resto dos comuns mortais... eu sou assim... parecido às pedras, brilhante como a mais fraca das lâmpadas, apenas, mas sou feliz... e a minha felicidade é maior que o mundo. Não me tentem destruir... já chega... chega de dar vida por quem não merece. Agora vou fazê-lo por mim; vou viver intensamente cada minuto, ainda que esse minuto tenha o tamanho de 1 mero segundo. Vou ser o que não fui, vou dar o que não dei, e pensar… pensar em quem me quer bem. Um dia sei que vou olhar a minha volta e serão eles quem lá estarão, eles que me criaram, eles que me deram e dão o que preciso, tenho a certeza de que se há amizade… esta é a mais verdadeira, por isso, de sempre e para sempre, amo-vos aos 3.

Porque estar sem ti é...

Porque estar sem ti é… estar único,
Disperso sem rumo, no meio da ignorância e sem me conseguir desvendar;
É caminhar sobre lume… descalço e a ferir meus pés sem sequer sentir;
É bater com a cabeça no fundo do poço feito em pedras e… sangrar sem doer;
 Ouvir o jorrar do sangue que cobre meu corpo trémulo, caído sobre a água a flutuar.
Cair da ponte que avisto debaixo dos meus pés e… ouvir o riacho que está tão longe e tão perto quase a chegar a mim. Ele chegou e… só tu não apareceste…

Francisco Matos

Hoje sou assim, mas nem sempre fui... e gosto mais de mim.

Não considero relevante mencionar o dia em que nasci, como e onde nasci, aquilo que fiz na minha infancia (ela foi igual à de tantas outras crianças). Mas, como toda a gente passei por muitas fases até aquela em que estou agora. Nunca fui considerado sobredotado, à boa maneira portuguesa, o que até podia acontecer se tivesse frequentado um psicólogo que ouvisse os permanentes discursos "minimamente adultos" que mantinha, e soubesse que aos 3 anos na primária já sabia o numero de telefone de dezenas de pessoas, inclusivé o da patroa da mamã. Mas enfim, não dei a conhecer os meus dotes aos que me podiam sobreavaliar.
Tenho agora 17 anos (os meses não passam) e nao fui sempre assim... se hoje posso garantir que tenho alguns (poucos) amigos, nem sempre o pude. Conhecidos tenho e sempre tive muitos, alguns por interesse, outros sabe-se lá porquê, mas enfim. Percebi que o culpado de ter poucos que me aturassem era eu. Fazer com que as pessoas acreditassem que valeria a pena aturarem-me um bocadinho foi complicado, depois de tudo o que tinha feito e dos inimigos que tinha criado, foi complicado. Tive de esperar até uma altura que considerei ser a ideal, nenhuma outra seria tão boa, nem antes porque era cedo, nem depois porque era tarde, foi a ideal. Consegui mostrar que o feitio que tinha servia até então como um escudo de defesa para aqueles que me tentavam atacar, e hoje sinto um orgulho enorme quando alguém me diz "eu odiava-te". É parvo sentir orgulho nisto, mas eu sinto. Alguém perguntar-me "como é possível que hoje nos demos tão bem?", deixa-me orgulhoso... faz-me acreditar que mudar vale a pena. Nunca tive até hoje a intenção de mudar por alguém, mas mudar por mim, sim, por mim, foi a melhor coisa que poderia ter feito. Sei que o facto de me ter dado a conhecer me faz ter mais amigos hoje e de certo, menos que amanha, e essa é a razão porque acordo todos os dias com vontade de sair a rua e ver o quem me rodeia, antes não era assim. Se hoje digo o que tenho a dizer (e ainda muitos nao gostam), antes diria bem mais... tive de aprender a calar quando a minha opinião não deve interferir. Aprendi a gostar de mim... dó depois os outros poderiam gostar... e hoje sei que gostam. Sei com quem posso contar, aqueles que sabem poder contar comigo... Posso ser o melhor amigo de alguém... mas o pior inimigo se me fizerem sê-lo. Sou o tipo de pessoa que ou amas ou odeias, meios termos? Não é muito comigo.
Aprendi tantas coisas ao longo destes ultimos tempos, que quando as quero por em prática me esqueço da maioria, mas não faz mal. Sou feliz à minha maneira, mas por muito que não queira, acabo sempre deixando alguém interferir... já não me preocupo com isso porque percebi que não sou melhor que ninguém mas que também não há ninguém melhor que eu, vivemos num mundo onde cada um é como é, e cada um terá de mim aquilo que merece. Hoje eu sou assim, mas nem sempre fui.